Um dos blockbusters mais aguardados do ano está estreando hoje. Velozes e Furiosos 7 chega para estabelecer uma das franquias mais longas e lucrativas do cinema moderno e, agora, mais do que nunca, sem qualquer vergonha de se assumir como um “pipocão desenfreado”, feito sob medida para os fãs da série. No filme Toretto (Vin Diesel) e seus amigos se vêem desolados pela morte de Han…

, e querem vingança, mas, um a um começam a ser atacados por Ian Shaw (Jason Statham), que inicia uma verdadeira caçada para vingar seu irmão derrotado por Dominic Toretto e promete ser o maior inimigo que os “Velozes” tiveram na franquia.
Velozes e Furiosos chega nesse sétimo episódio já sem qualquer intenção de parecer realista ou agradar os fãs de rachas. O filme ainda usa os carros e as habilidades dos pilotos como grande pano de fundo, mas Velozes e Furiosos 7 é na verdade a síntese do que se tornou a cine-série, um filme de ação brucutu por essência.
Logo na primeira cena somos apresentados ao vilão Ian Shaw (Jason Statham) em uma introdução de personagem muito simples e direta, que manda um recado…”ehi vou dar muito trabalho”. Daí em diante se desenrola toda a trama que os longas vinham construindo a partir de Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio, até chegar no plot de vingança liderado pelo personagem de Jason Statham. Novamente Dom e sua equipe de foras da lei são recrutados para ajudar o governo em troca de apoio e proteção, dessa vez contra Shaw.
Com a saída do competente diretor de ação Justin Lin, o diretor James Wan (Jogos Mortais), ganhou um grande desafio. Afinal, James vem de uma carreira de sucesso com filmes de terror de baixo orçamento e era uma incógnita saber o que ele faria com um alto valor e uma sede de destruição incontrolável por parte dos produtores. Em resumo, James Wan passa bem no teste, mostra um talento interessante para organizar grandes cenas de ação, ao contrário do badalado Michael Bay em Transformers que sempre destrói tudo sem deixar que acompanhemos as sequências em seus detalhes. Fica claro que o novo diretor tem bem menos apego aos efeitos especiais práticos, se percebe um uso maior de C.G.I como solução para as tomadas mais complexas. Aliás, coloque complexas nisso, se você pensa já ter visto maluquices em Velozes e Furiosos prepare-se para chegar ao outro nível, as pessoas não sabem se riem ou vibram, tamanho o absurdo das sequências (foi exatamente o que aconteceu na exibição).
Apesar de sabermos que o realismo já não é a grande preocupação da franquia, sempre fica o pensamento de que os personagens são pessoas comuns, cheias de habilidade, mas pessoas comuns, ter que engolir a 00000,1% de chance daquelas cenas acontecerem torna tudo mais divertido. A cena do prédio em Abu Dhabi e a sequência dos carros caindo de aviões são muito mais surreais do que parecem nos trailers e são apenas uma pontinha do que se vê no filme.

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Talvez uma das maiores curiosidades sobre o longa (pelo menos foi a minha), era saber se a produção conseguiu solucionar com competência as cenas que o saudoso Paul Walker não pode gravar, e a resposta é sim. Os mais deslumbrados com a ação possivelmente nem percebam as tomadas que não tem o verdadeiro Paul Walker, para isso o diretor James Wan usa muitos truques de fotografia como sombras, ângulos sem foco ou distantes, iluminação baixa e cortes muito rápidos que disfarçam a utilização de alguns dublês de corpo (como os irmãos de Walker). A computação gráfica foi bastante utilizada em algumas cenas de rosto, como obviamente o final do filme.
É certo dizer que vemos o verdadeiro Paul Walker em metade do filme apenas, mas sua participação é digna do protagonista que foi ao longo dos anos, mesmo com as dificuldades de construir as cenas sem o ator, o personagem Brian é uma das figuras centrais do filme.

O elenco um pouco inchado faz o que se espera dele, eles acreditam em tudo que fazem, se divertem e claro, nos divertem. Vin Diesel mantém seu ar de “Alpha” num personagem que foi feito realmente pra ele, enquanto o resto da equipe continua brincando com o “estilo Liga da Justiça”, os diferentes que se completam. Com destaque para Tyresse Gibson, tirando gargalhadas do público o tempo todo, uma metralhadora ambulante com o “time” de comédia perfeito para a franquia.Outro sempre muito carismático é Dwayne Johnson, que apesar de ter uma pequena participação no filme, sempre surge como uma presença marcante na telona. O ponto fraco fica para Michelle Rodrigues, com sequências de drama forçadíssimas e desnecessárias levadas pela insistência do roteiro na história da “falta de memória”, argumento que tirou da personagem Letty qualquer característica interessante que ela tivesse e colocou Michelle no piloto automático.
Sobre as novidades… Kurt Russel surge como um tipo de diplomata chefão das forças especiais que recruta Dom Toretto e sua equipe, mas logo cai na ação também. É divertido ver o velho Snake de volta aos action movies. Djimon Hounsou (Diamante de Sangue) acaba tendo um participação maior do que se imagina e como ótimo ator que é, demarca espaço em cena, já o astro tailandês Tony Jaa (Ong Bak) tem algumas ótimas cenas de ação com liberdade para mostrar suas incontestáveis habilidades marciais, e faz bonito.
Faltou Jason Statham? Sim, o maior nome entre os estreantes da franquia é sem dúvida um acréscimo de peso para qualquer filme de ação hoje em dia. Não há o que retocar na atuação de Jason Statham, para o que personagem se propõe ele é perfeito. Um ator em que você consegue acreditar fazendo ação… cara fechada, movimentos rápidos e plasticamente bonitos, um ótimo vilão, sem nenhuma surpresa. A única surpresa ficou por conta do roteiro que meio que deixou Shaw como um subtrama, um caçador nas sombras correndo atrás de Dom, enquanto esse fazia ações para o governo. Confesso que gostaria de ter visto mais Jason Statham no filme,e mais do interessante Ian Shaw, pois tudo que tinha o personagem no filme foi divertido. As lutas são coreografadas com perfeição, mas, em especial, as de Statham vs The Rock, e Statham vs Vin Diesel são de deixar na ponta da cadeira, reforçadas por uma edição de som esperta que faz você sentir a dor de cada soco.
Enfim, Velozes e Furiosos 7 é um filme sem noção e estupidamente divertido, vá de mente aberta e deixe a galera colocar um pouco de adrenalina nas suas veias. O longa termina com uma bonita (e óbvia) homenagem a Paul Walker, cheia de simbolismos, que devem arrancar lágrimas dos mais sensíveis… Veja nossa Chuck Nota logo abaixo…

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