035513.jpg-c_640_256_x-f_jpg-q_x-xxyxxEstréia: 21/04/2016

Autor: Bruno Sawyer

E se nos contos de fadas, além de romantismo, houvesse ação?
Essa é a proposta da franquia que começou com Branca de Neve e o Caçador, um dos primeiros filmes a implantar esse estilo nos contos de fadas (hoje já não é tão incomum, já rolou até João e Maria caçando bruxas rs).
O Caçador e a Rainha do Gelo continua a história de Erik (Chris Hemsworth), se aprofundando em sua origem e mostrando mais sobre a trajetória do caçador .Essa nova trama esbarra num ponto que liga todos os personagens do longa, Freya (Emily Blunt), irmã da rainha Ravenna (Charlize Theron), sofreu uma traição da pessoa que amava quando mais nova e isso resultou numa perda inestimável. Estes acontecimentos mudaram sua vida e acionaram seus poderes, trazendo à tona a manipulação do gelo (uma alusão ao seu estado sentimental, pois ela se tornou uma pessoa fria). Após se tornar rainha do norte, Freya alimenta sua sede de vingança com a conquista de outros reinos e, para isso, possui um exército de crianças que são roubadas dos pais durante seus ataques a aldeias. Neste ponto veremos a ligação dela com Erik e sua antiga paixão Sara (Jessica Chastain).

O filme investe nesse certo dramalhão na expectativa de que tomemos partido e entendamos a Elsa, digo Freya. Claramente, O Caçador e a Rainha de Gelo tentou pegar o embalo de sucesso de Frozen ao recontar a história da rainha de gelo, seu único azar é que a animação da Disney tem um carisma mágico que Emily Blunt e o roteiro não conseguem nos trazer.

O longa continua sendo uma aventura mais adolescente, que se inspira muito superficialmente nos contos de fadas para criar um filme de aventura na idade média, que se decupado e distanciado do conto de fadas, acaba não sendo muito diferente do que já vimos.

O alívio cômico fica por conta dos anões Nion, seu irmão Gryff e as recém chegadas Sra. Bromwyn e Doreena, que interagem com Erik durante boa parte de O Caçador e a Rainha do Gelo e garante algumas boas risadas, estabelecendo um contra- ponto ao sempre sério Chris Hemsworth. Os efeitos especiais tem um bom nível e conseguem manter a ação bem coordenada que se via no primeiro filme. Repleto de reviravoltas, o longa se desenvolve para trazer ao espectador elementos, pistas para que ele tente de antecipar aos acontecimentos. Um truque interessante para manter a atenção, mas que as vezes escorrega nos clichês do gênero.

O elenco tem grandes nomes, com destaque para as sempre ótimas Charlize Theron (Mad Max: Estrada da Fúria) e Jessica Chainstain (A Hora Mais Escura), mas para contrabalancear tem a falta de expressão de Chris Hemsworth, o famoso Thor. O ator está com certeza entre os mais fracos astros surgidos dessa leva de filmes de super – heróis (concorrente forte para o Henry Cavill).
O Caçador e a Rainha do Gelo não é inovador, mas entrega o resultado que se espera dele, garante alguma diversão, sabe brincar com a “distorção” do conto de fadas e transformá-lo num bom pretexto para uma aventura mais confortável ao público… Confira nossa Chuck nota logo abaixo…

3 Norris