Uma das maiores franquias de terror (em continuações e bilheteria), está de volta aos cinemas depois de sete anos do filme que carregava o subtítulo de “O Final”. Apesar disso, nos tempos atuais, é perfeitamente justificável ressuscitarem um sucesso nesse nível. E o novo Jogos Mortais não tem nenhuma vergonha de “jogar pra torcida”, para os fãs mesmo, entregar um pouco mais do mesmo, sabendo que é o que eles querem ver.

No filme, depois de uma série de assassinatos, todas as pistas estão levando a John Kramer (Tobin Bell), o assassino mais conhecido como Jigsaw. À medida que a investigação avança, os policiais se encontram perseguindo o fantasma de um homem morto há mais de uma década.

“Jogos Mortais: Jig Saw”, já tem em seu próprio nome umas das forças motrizes do filme, o Jig Saw, que de alguma forma, jamais desaparece da franquia, há um apego a ele, pois é um personagem muito bem construído e interpretado por Tobin Bell. E sem dúvida, a áurea e simples possibilidade de ter Jig Saw nesse universo faz o filme crescer absurdamente, muito pelo carisma da figura e do ator. O mesmo não se pode dizer do restante do elenco de baixo orçamento que tem momentos sofríveis.

Para uma franquia que nasceu da direção do excelente James Wan (“Invocação do Mal”), esse último filme não é inventivo nesse sentido, e principalmente, em fotografia, essa que não explora nem de longe o potencial das cenas que tem em mãos. O impacto das ideias de tortura continua, mas esbarra em uma linguagem televisiva, que por vezes emula C.S.I, e não funciona em muitos momentos.

Algo equilibrado pela boa edição, que ajuda a manter uma característica da franquia que é nos envolver em um bom mistério em cima dos responsáveis pelos assassinatos. O filme também retoma a eficiência em trabalhar a angustia do espectador, sabe aquela sensação de dor e desespero pela outra pessoa que só os Jogos Mortais sabiam causar? Pois é, ela ainda está lá.

A trilha sonora também retorna com acordes clássicos e de arrepiar, que podem até tentar disfarçar diversos furos que o roteiro apresenta na hora de fazer suas já tradicionais reviravoltas.

Enfim, “Jogos Mortais: Jig Saw”, altera um pouco as regras do jogo, mas é coerente com a proposta que esse filme em específico apresenta (e passar disso é dar spoilers para vocês). A verdade é que ele vem para cumprir seu papel perante os fãs da franquia, e fazê-los reapresentá-la aos novos amigos, ainda que os jogos de Jig Saw já não vivam mais seu auge certamente… Confira o trailer e nossa Chuck Nota logo abaixo…