Se propondo a ser uma nova franquia de magia infanto juvenil,  “O Mistério do Relógio na Parede” chega com todos os requisitos de Sessão da Tarde

O Mistério do Relógio na Parede se passa na pequena cidade de Nova Zebedee. A trama acompanha o menino Lewis Barnavelt (Owen Vaccaro “Pai em Dose Dupla”), que ficou órfão de pai e mãe e foi morar com o excêntrico tio Jonathan Barnavelt (Jack Black), em uma casa assombrada. Tímido, retraído e ainda em luto, o garoto vive um dia após o outro na companhia de Jonathan e sua inseparável vizinha, Florence Zimmerman (Cate Blanchett). Mas aos poucos, o menino descobre que seus tutores são bruxos e imediatamente, se interessa no aprendizado das artes mágicas. Como consequência, Lewis acaba se envolvendo com um perigoso feitiço proibido. Assim, ativa a força de um relógio ligado a um feiticeiro que viveu na casa, muito tempo atrás.

À primeira vista, só pela sinopse, você já se lembrará de Harry Potter. O livro em questão, “O Mistério do Relógio na Parede”, saiu antes, é verdade. Mas os filmes do bruxinho foram adaptados primeiro. E não tem como negar que a estética de tudo que veio depois, foi um pouco inspirada nele, inclusive, esse filme aqui.

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Eli Roth (“O Albergue”), deixa os filmes trash de terror para trabalhar bem no estilo Sessão da Tarde. Do mesmo modo, utiliza seu repertório de bizarrices com um ar despretensioso e produz um tipo de “terror para iniciantes”. O Mistério do Relógio na Parede é quase como uma introdução ao terror para crianças, a exemplo do recente Goosebumps: Monstros e Arrepios. Igualmente protagonizado pelo próprio Jack Black.

É preciso voltar alguns anos na idade para compreender a proposta desse filme. Tudo é bastante explicado, o tempo todo, com foco nas crianças mesmo. Porém, o filme tem quebras de ritmo que prejudicam a diversão da proposta. São muitas cenas desnecessárias, que travam a história.

Cena O Mistério do Relógio na Parede

Por outro lado, o longa tem excelentes soluções visuais. A fotografia em conjunto com o design de produção trabalha o contraste no escuro para brincar com as ideias de Roth. Ideias essas, que englobam de bonecos macabros até abóboras assassinas.

O elenco é um dos grandes destaques de “O Mistério do Relógio na Parede”. Imediatamente, somos pegos por Jack Black e sua canastrice proposital que cai como uma luva no conceito do tio descolado e misterioso. Igualmente, Cate Blanchet esbanja fineza para transformar uma personagem aparentemente comum, em algo dos mais interessantes. O entrosamento entre os dois é inesperado e incrível. Da mesma forma, o menino Owen Vaccaro segura bem o papel de protagonista. Ao mesmo tempo, o destaque negativo fica para o vilão vivido por Kyle MacLachlan (Série Agents of Shield). O ator apresenta um personagem sem muito estilo, e nem fica claro se é um problema de roteiro ou dele mesmo. De qualquer forma, não funciona.

Enfim, “O Mistério do Relógio na Parede”,  nasce certamente com uma ideia de franquia, mas as regras ainda não são muito bem estabelecidas nesse primeiro filme. Entre erros e acertos, definitivamente, não é um filme para se ignorar. É um longa bastante decente para o que propõe, deve divertir as crianças acima de 10 anos. E também sobreviveria tranquilamente por alguns anos na Sessão da Tarde. Confira o trailer e nossa “Chuck Nota”, logo abaixo. PS: O filme não tem cenas pós créditos, só algumas ilustrações divertidas durante os créditos.

Nota de O Mistério do Relógio na Parede