Estréia – 18/02/2016
Estréia de terror da semana, Boneco do Mal traz mais uma vez os “graciosos” seres inanimados como foco principal da trama. Mas em seu desenvolvimento se dispersa do boneco para se mostrar razoavelmente competente em seu estilo “terror de baixo orçamento”.
No filme Greta (Lauren Cohan) é uma jovem americana que aceita um trabalho como babá em uma vila inglesa.Porém, o garoto de 8 anos do qual ela tem que cuidar é, na verdade, um boneco que o casal de pais trata como se fosse um menino, como uma forma de lidarem com a morte do filho, ocorrida 20 anos antes. Após violar a lista de regras do “boneco” uma série de eventos inexplicáveis transforma a vida da garota num pesadelo.
Você entra na sala pronto para ver algo no estilo Chuck, ou até mesmo Anabelle, mas há segredos nesse tal boneco que deixam o filme distante destes outros.
Boneco do Mal acaba apostando mais no suspense do que no sobrenatural, o que é uma boa ideia para fugir de comparações. O boneco carrega aquela sina de ser tão inofensivo que parece mais assustador do que efetivamente é durante a exibição.
O longa é repleto de clichês de terror como: a casa ao estilo antigo, móveis clássicos, um casal misterioso, a moça bonita e assustada e etc. Porém , como já dissemos outras vezes, clichê não significa algo ruim, as vezes é preciso entregar o que o público espera do filme, e é ai que entra o clichê. Em Boneco do Mal está tudo no lugar certo.
Apesar do baixo orçamento, como a grande maioria dos filmes de terror, Boneco do Mal parece ter tido um pouco mais de cuidado com a escolha do elenco, todos tem uma atuação mais satisfatória do que a maioria dos atores em filmes do gênero.
Uma série de escorregões de roteiro podem frustar os mais detalhistas. O filme tenta justificar com esquizofrenia tudo que não tem uma explicação muito clara na narrativa principal. Assim como força a entrada de um personagem relativamente inútil, para mexer a história e dar um start na sequência final.
Enfim, é um GRANDE alívio poder ver um filme de terror que não tenha a maldita câmera em primeira pessoa, essa moda preguiçosa e chaníssima que tomou conta do filmes do gênero. Os sustos são bem pontuais e para nossa sorte pouco previsíveis, ao invés de ficar apelando para o aumento de volume repentino ou impacto de imagem o tempo todo, há boa criatividade na preparação do clima. Para quem está sempre atrás do novo filme de terro em cartaz, Boneco do Mal entrega o que se espera e não deve decepcionar.