#Oscar2018

Com o peso de ter sido um dos filmes com o maior índice de aprovação no Rotten Tomattoes, vencedor de dois “Globo de Ouro” e indicado a cinco prêmios “Oscar”, “Lady Bird – É Hora de Voar”, prova a inconsistência do critério desse tipo de site (Rotten), que por vezes afunda determinados filmes antes mesmo da estréia, e em outros momentos constrói fama de longas que passariam batido.

O filme apresenta a relação turbulenta entre mãe e filha. Adolescente, Christine (Saoirse Ronan) luta contra, mas é exatamente como sua mãe (Tracy Letts), uma enfermeira descontrolavelmente amável, profundamente teimosa e obstinada que trabalha incansavelmente para manter sua família depois que o pai (Laurie Metcalf) perde o emprego.

“Lady Bird – É Hora de Voar”, tem em suas atuações o ponto base, não é atoa que as duas atrizes principais estão indicadas. Apesar de estarem bem no filme, para Saoirse Ronan, a indicação “caiu do céu”, enquanto Laurie Metcalf não deve ter grandes chances na categoria de atriz coadjuvante.

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Crítica | Sem Amor

A direção de Greta Gerwig é competente dentro da proposta do filme, ela administra bem, principalmente as cenas de diálogo, mas escorrega na pobreza de seu próprio roteiro. “Lady Bird – É Hora de Voar”, tem uma história arrastada e previsível, de um mundo de adolescente rebelde que já vimos milhões de vezes no cinema e/ou séries.

Saoirse Ronan
Saoirse Ronan em cena de Lady Bird – É Hora de Voa

Existem alguns picos de virada de roteiro que distraem o espectador, mas que sempre refugam antes de alcançar seu auge. O filme não trabalha bem a jornada de mudança, trazendo na verdade quebras bruscas, “choques” para acordar o espectador, como algumas revelações de sexualidade e etc. Exceto por metáforas de crescimento, faz falta um olhar de “evolução” sobre a personagem principal, que também tem uma relação potencialmente interessante com a mãe, mas retratada de forma confusa pelo roteiro.

Outra questão que decepciona num filme como Lady Bird é o mau uso de trilha sonora ou a subvalorização dela, que poderia dar um ganho incrível ao longa e deixá-lo com um ritmo melhor.

Enfim, “Lady Bird – É Hora de Voar”, é aquele filme que está do lado contrário dos “injustiçados do Oscar”. Extremamente super valorizado, o longa não apresenta qualquer diferencial como drama e é pretensioso demais para se dedicar ao entretenimento… Confira o trailer e nossa “Chuck Nota”, logo abaixo…