A nova aventura traz Aquaman lidando com as mudanças em seus dois mundos. Arthur cumpre com os deveres como Rei de Atlântida, cargo pelo qual ele nunca sonhou, enquanto, tem que proteger sua família do retorno do Arraia Negra.

Aquaman 2 é a continuação de um surpreendente sucesso do filme de 2018, que começava ali a tentar quebrar as conexões com a visão mais obscura de Zack Snyder e, não por acaso, foi o único filme do universo DCEU a ultrapassar 1 bilhão em bilheteria

A equipe de Aquaman 2 adota três frentes pra tentar o sucesso novamente… 1 – Repetir a fórmula divertida do anterior. 2 – Tratar de fazer uma introdução rápida para quem não viu o primeiro filme. 3 -se desvencilhar de referências ao universo DC (que afinal está encerrando um ciclo nesse filme)

Jason Momoa (“Conan”), retorna com seu Aquaman mais “cascudo” e continua funcionando bem, dentro da proposta dessa versão. Yahya Abdul-Mateen II (“The Get Down”) também traz seu talento habitual para o Arraia, enquanto o grande destaque mesmo é Patrick Wilson (“Invocação do Mal”) que melhora bastante o filme, assim que seu príncipe amargurado ressurge na história.

O diretor James Wan (“Velozes e Furiosos 7”), cada vez mais à vontade com o gênero de ação, executa novamente com perfeição boas sequências de perseguição e lutas no universo submarino, emulando bons de momentos de Star Wars e alguns animês. As cenas de ação são eletrizantes e recheadas de bons efeitos visuais, é um fato. Outro toque do diretor, vem de sua especialidade, o terror. James abusa do clima de suspense com monstros de todos os tipos e designes, parece um grande parque de diversões para um criador como ele.

Como muitos devem saber (certamente quem nos acompanha sabe), o longa foi refilmado algumas vezes para se adequar (ou se distanciar) do universo DCEU, e não é difícil imaginar isso durante a exibição, alguns momentos entroncados e as mudanças de tom do Aquaman de Momoa evidenciam as diferenças do texto inicial. Sem se arriscar muito, o filme fica um pouco previsível, existe alguma confusão na narrativa que aposta muito em Flashbacks e não sabe bem o que fazer com certos personagens que entram e saem da história com muita facilidade.

Mas no fim, é filme leve, entrega mais do que prometia, honesto ao ponto de já começar com uma auto comparação a uma brincadeira de bonecos, mostrando que a partir dali, a ideia é você pensar nesse tipo de diversão da infância, a proposta mais simples possível de um filme de heróis, e muito longe de ser ruim como alguns filmes lançados esse ano. Fica apenas uma impressão de que ele poderia ter saído antes.