Golpe Duplo chega aos cinemas para matar as saudades dos fãs de Will Smith, que tem prolongado suas férias entre um filme e outro. Agora ao lado de sua futura companheira de Esquadrão Suicida, Margot Robbie e do brasileiro Rodrigo Santoro, o astro traz um filme bem mais leve do que se vendia nos trailers e num nível acima do longa Depois da Terra, seu criticado último trabalho …

Em Golpe Duplo um trapaceiro profissional (Will Smith) começa a treinar uma novata na profissão (Margot Robbie), até os dois se apaixonarem. Ao mesmo tempo, o sujeito tem que lidar com um importante adversário, dono de uma empresa de carros (Rodrigo Santoro).
É válido dizer que o filme meio que se sabotou nas campanhas promocionais, todos que viram o primeiro trailer (com músicas lentas e montagem dramática) e os cartazes (com bitocas de Will e Margot), afirmariam com convicção que se tratava de um drama ou romance, quando na verdade o filme Golpe Duplo, nada mais é do que um filme de Golpes com pitadas de comédia, muito mais ao estilo Onze Homens e Um Segredo, do que outra coisa.
Comandado por Glenn Ficarra e John Requa (O Golpista do Ano), o longa trata de trabalhar um clima de trapaça e incredulidade, que vai aumentando com o passar dos golpes e de uma forma envolvente deixa o espectador sem ter certeza do que é real ou não. Logo nos primeiros minutos somos apresentados a Nicky (Will Smith), um experiente golpista que comanda uma equipe igualmente talentosa. Quando Jess (Margot Robbie) tenta lhe aplicar um golpe sem sucesso, Nicky nota que a moça pode ter algum talento e aceita treiná-la para o “ofício”.
A história passa a se desenrolar como uma grande teia de trapaças e mentiras que sempre culminam para alguma vantagem pessoal, há uma intenção clara de arrancar do público aquele pensamento de “puxa, era isso! Eu nem imaginei”. A edição do filme imita um plano sequencia hipnótico em várias cenas e está bem afinada com a partes mais complexas das sequencias dos golpistas o que faz de todos os planos de roubo entretenimentos agradáveis

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Porém, o roteiro começa a encarar um problema, de tantas surpresas e reviravoltas, em algum momento do filme quem está nas poltronas já não acredita nas questões mais óbvias levantadas pela narrativa e acaba esperando sempre mais uma reviravolta, uma sensação que tira o frescor de ver um filme com sequencias criativas e bem estudadas do mundo do crime (como de fato é o Golpe Duplo).
Will Smith e Margot Robbie funcionam surpreendentemente bem como casal, apesar de seus personagens serem bastante instáveis os astros tratam de entregar um trabalho de alto nível. Will Smith sempre carismático e transitando de maneira confortável por drama e comédia, enquanto a Margot Robbie mostra que vem crescendo como atriz e deve ser um dos grandes nomes de Hollywood nos próximo anos sem ter ficar aparada somente em sua beleza estonteante. Rodrigo Santoro participa pouco do filme (infelizmente), mas como de costume suas participações são bastante intensas, dignas de um grande ator. O brasileiro está envolvido em muitos projetos e, depois desse filme com Will esperamos que ele finalmente consiga emplacar o destaque que merece.
Enfim, o desfecho que deveria ser um choque para os fãs já não é tão impactante pela sensação de trapaça que permeia a história e deixa a impressão de que tudo pode mudar a qualquer momento. Um pouco mais de cuidado na construção do clima teria feito de Golpe Duplo uma diversão arrasa quarteirões, mas o resultado final trouxe apenas um bom filme, recomendável para se ver uma vez (característica de filmes que botam suas fichas na surpresa)… Veja nossa Chuck Nota logo abaixo…

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