Chegou a hora de falar deles, os robôs mais famosos do cinema moderno, uma verdadeira máquina de fazer dinheiro que lota cinemas pelo mundo inteiro. Transformers: A Era da Extinção é uma mistura de reboot com continuação, foi vendido como uma renovação da franquia, mas é inacreditavelmente o mesmo filme que vemos há anos, com uma bilheteria cada vez maior e qualidade cada vez menor. Alguns anos após o grande confronto entre Autobots e Decepticons em Chicago, os gigantescos robôs alienígenas desapareceram. Eles são atualmente caçados pelos humanos, que não desejam passar por apuros novamente…

Quando o cientista Cade (Mark Wahlberg) encontra um caminhão abandonado, ele jamais poderia imaginar que o veículo é na verdade Optimus Prime, o líder dos Autobots. Muito menos que, ao ajudar a trazê-lo de volta à vida, Cade e sua filha Tessa (Nicola Peltz) entrariam na mira das autoridades americanas.
Transformers surgiu como um filme simpático em 2007, inspirado no brinquedos da Hasbro, era simples, praticamente a história de um garoto e seu “carro de estimação” um tipo de Herbie moderno. O filme tinha piadas leves, ação aceitável, enfim, era divertido. Pois bem, vieram as continuações e conhecemos em Transformers: A Vingança dos Derrotados um dos piores filmes das últimas décadas, onde nem Goku entenderia o que acontecia nas cenas de ação que Michael Bay criou, O Lado Oculto da Lua acabou parecendo algo melhor, justamente por causa da comparação com o péssimo segundo filme. Porém, um fato une todos o filmes da série, dinheiro. Com tanto dinheiro, era natural que não deixassem uma mina de ouro dessa parada.
Recomeçando a trilogia, Transformer: A Era da Extinção é um filme bastante simples, não tem vergonha de ser um produto infanto/adolescente (apesar de ter cenas bastante violentas disfarçadas nas carapaças robóticas), e o início é divertido. Mark Wahlberg, sempre carismático, parece ter um personagem mais bem desenvolvido que o bom, mas repetitivo Sam, de Shia Lebouf nos filmes anteriores. São pelos menos 20 minutos de alguns absurdos aceitáveis, como o personagem ir até um cinema antigo comprar peças usadas e achar um caminhão abandonado lá dentro. Ok, estamos falando de um filme de robôs alienígenas que se transformam em carros, reclamar que um caminhão aparece dentro de uma sala de cinema abandonada seria chatice. Afinal, o tal caminhão é nada mais, nada menos que, Optimus Prime, o líder dos Autobots, o ídolo, o super brinquedo. A partir daí é uma salada inexplicável, como diz um amigo “Parece que o Michael Bay manda os atores saírem correndo pelo estúdio, e depois na edição em cima dessas cenas, ele cria alguma coisa ao redor”. O tais Autobots simplesmente não funcionam como um grupo de heróis, no fundo são bando de adolescentes de ferro, sem qualquer sem organização ou um código de honra, vivem brigando e não conseguem estabelecer uma ação conjunta, até Os Power Rangers e os Trapalhões teriam muito o que ensinar aos roteiristas de Transformers sobre trabalho em equipe e simpatia. Justiça seja feita, Optimus Prime e Bubble Bee conseguem trazer o público para seu lado em determinados momentos, mas novamente são situações individuais, momentos de estrela, nunca como uma equipe. Dos personagens da trilogia original ninguém dá as caras, vemos aqui um casal adolescente forçado e sem química, para agradar as meninas que vão assistir. Stanley Tucci (Dança Comigo) surge como Joshua, uma imitação de Steve Jobs, que começa como vilão e se torna um alívio cômico, sem qualquer explicação (como grande parte do filme). Kelsey Grammer (X-Men: O Confronto Final), tenta levar o personagem à sério, mas é impossível.

São mais de 2h40m de filme, que parecem 5 horas. É impressionante como num filme em que acontece tanta coisa, não acontece nada. A megalomania é tão exagerada que consegue deixar o longa entendiante, coisa que em momento algum ele deveria ser, vi muita gente pescando de sono durante as explosões rs. O filme podia ter  1 hora a menos facilmente e não perderia em nada, pelo contrário.
Os planos de filmagem são sempre iguais nos 4 Transformers, as cenas contra-luz repetidas a exaustão, e pra completar Michael Bay definitivamente não sabe trabalhar expectativa, climax, ponto alto. Está tudo no máximo o tempo todo, as cenas são do mesmo “tamanho”, não há diferença entre o grau de importância delas, você não cria expectativa por nada. Nem mesmo todo o frisson criado em cima da aparição dos DinoBots vale a pena, porque quando eles aparecem o público já está cansado de tanta informação, é destruição antes e depois, e no fim os DinoBots que deveriam ser a grande atração se tornam só mais uma das alegorias para causar destruição. Em meio a um recorde de merchandising (são marcas de carros, roupas, óculos, perfumes, leite, cerveja, energético e tudo mais que você puder encontrar em cena), ainda sobrou tempo para levar a história para a China, onde além de destruir um lugar diferente é possível mostrar que todos os chineses lutam kung fu, o tempo todo e em todo o lugar.
Existem pontos positivos no filme? Sim, Mark Wahlberg é infinitamente mais legal que Shia Lebouf, mais ator, mais carismático, como prevíamos foi um protagonista bem melhor. Os efeitos especiais também evoluíram, são bem finalizados e a direção de arte é certinha, entrega o visual que o filme precisa.
Enfim, acreditem, se tem alguém que gostaria de achar esse filme legal sou eu. Afinal, o Has Tela Vista nasceu para defender o cinema pipocão, o cinemão de ação que não ganha Oscar, mas faz você se divertir no cinema, traz imersão e sustenta esses filmes pseudo – intelectuais endeusados por meia dúzia. Mas sejamos honestos, quando você vê um Círculo de Fogo, Os Mercenários, Os Vingadores, Cavaleiro das Trevas, Velozes e Furiosos 6, você pode achar muita coisa absurda, mas não tem como não se divertir, não tem como não curtir o entretenimento que esses filmes trazem, agora no caso de Transformers: A Era da Extinção não há defesa, não há diversão, praticamente não há filme…Depois do sucesso disso, que os deuses salvem o cinema de ação… Veja nossa Chuck Nota logo abaixo…

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