Para os fãs de cinema que estiveram presentes na Brasil Comic Con no último fim de semana, essa foi uma parada indispensável. Acompanhado do jornalista brasileiro Roberto Sadovisk, o simpático David Gorder (produtor da franquia X-Men nos cinemas) apresentou o painel “A Era dos Super Heróis – 15 anos que Mudaram o Cinema”, fazendo uma clara menção sobre a importância da franquia X-Men para os super- heróis da telona. X-Men : O Filme (2000), é considerado até hoje, um tipo de ponta-pé inicial para a retomada dos quadrinhos no cinema.
Em pouco mais de duas horas de painél, David contou uma série de curiosidades sobre os filmes da franquia, veja os trechos principais…

Contratação de Hugh Jackman

Se hoje Jackman é quase unanimidade entre os fãs, na época de sua contratação ele foi muito criticado. Tudo porque Hugh Jackman era muito diferente do Wolverine dos quadrinhos, um cara baixinho e peludo, com aparência bastante rústica; enquanto Hugh Jackman era um homem alto e com pinta de galã. O ator foi visto por uma produtora durante um musical e de alguma forma ela o imaginou como Wolverine, surpreendentemente, o diretor Bryan Singer também aceitou que Jackman tinha muito a ver com seus planos de mudar alguns elementos dos quadrinhos para funcionar no cinema e, após um teste com Anna Paquin (a Vampira), Hugh Jackman ganhou o papel de Wolverine.

Era bom nos quadrinhos, mas não funcionaria nos cinemas..

O produtor David Gorder revelou que o diretor Bryan Singer tinha algo muito claro em mente, nem tudo que funcionava nos quadrinhos daria certo nos filmes, e mesmo correndo o risco de desagradar uma parcela dos fãs, o diretor teria de fazer adaptações. O intérprete de Wolverine, foi um grande choque, mas sem dúvida a mudança que mais causou estranheza foram os uniformes. Bryan sabia que os tais uniformes coloridos dos quadrinhos não deixariam o filme ser levado a sério, foi desse pensamento que nasceram os uniformes de couro, pretos e mais contidos que deram um ar mais adulto a produção. Em X-Men – O Filme, há incluisve uma piada sobre o assunto.  Quando Wolverine questiona os uniformes de couro ao partir para uma primeira missão com os X-Men, Cyclope responde “O que você queria? Um collant amarelo?”.

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A diferença entre as Místicas…

Se você, em algum momento, já se sentiu incomodado com a aparência da Mística nos últimos filmes da saga X-Men, com certeza não foi à toa. A atriz Rebecca Romijn, que interpretou a personagem nos 3 primeiros filmes, ficava deitada, completamente nua, por seis horas todos os dias para a aplicação da maquiagem e levava mais duas horas para retirar. O processo perfeccionista que dava uma aparência bastante real a personagem, não é repetido por Jennifer Lawrence. A jovem estrela de Hollywood utiliza um tipo de “roupa” com silicone, especialmente projetada para seu corpo, que exige apenas alguns retoques de maquiagem.

O sucesso surpresa e a participação de Kevin Feige

Ainda na época em que era apenas uma executivo, Kevin Feige (hoje presidente da Marvel), foi um dos motores para que o filme X-Men saísse do papel. Fã de longa data, Kevin, não imaginaria o boom de quadrinhos que ele mesmo desencadearia anos mais tarde. O longa dos mutantes, no entanto, não contava com o otimismo dos estúdios, e surpreendeu nas bilheterias.
Para o produtor David Gorder, um dos grandes segredos foi a visão de Bryan Singer, ao fazer paralelos com problemáticas humanas como o preconceito com as minorias.

As polêmicas de X-Men 3…

Apesar de ser uma das melhores bilheterias da franquia, X-Men 3 – O Confronto Final é apontado como um dos piores filmes de super – heróis (não é a opinião do Has Tela Vista). Confrontado por uma fã (vestida de Fênix rs), o produtor David Gorder, explicou as diferenças de X-Men 3 para os outros filmes da franquia.
A primeira foi a mudança de diretor, Bryan Singer queria terminar a trilogia, mas sua paixão pelo personagem Superman falou mais alto e, ele resolveu assumir Superman – O Retorno, deixando para Brett Ratner (A Hora Do Rush), a missão de encerrar a trilogia. Para David Gorder, o diretor Brett Ratner é pouco responsável pelos “problemas” do filme, uma vez que a Fox teria feito uma série de imposições de personagens e arcos dos quadrinhos, além de oferecer um cronograma muito apertado após a saída de Bryan Singer. Na opinião de David Gorder, o principal problema foi o tempo para produção e a quantidade de vezes que o roteiro foi alterado durante as gravações.

X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido e X-Men Apocalipse

David Gorder revelou duas curiosidades sobre X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido.
– A única cena que a Vampira (Anna Paquin) havia gravado, ficou muito confusa, o que levou Bryan Singer a cortar da edição final.
– A outra curiosidade é que o personagem Mercúrio, que fez muito sucesso no filme, não teria tanto destaque no roteiro inicial. A cena da libertação do Magneto seria com o Fanático, mas os altos custos dos efeitos especiais, fizeram os produtores mudarem de ideia (ainda bem). e deixar a missão para o Mercúrio.
Sobre o próximo filme da franquia, X-Men: Apocalipe, David Gorder confirmou que haverão novas versões de personagens conhecidos (provavelmente Cyclope, Tempestade, Jean Grey e Gambit), este último segundo ele, também com um filme solo em desenvolvimento com o ator Channing Tatum (Anjos da Lei)

É isso aí pessoal, David Gorder é o tipo de cara que poderíamos falar por horas e horas e ainda ter histórias para ouvir. Que venham os próximos X-Men e também as próximas Comic Con para curtirmos mais histórias como as de David Gorder.

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