Em seu filme mais infantil a Marvel mostra ao público que é de longe o estúdio que melhor sabe fazer adaptações de uma mídia para outra, ao vencer as desconfianças mais uma vez (já vimos isso em Guardiões da Galáxia) e apresentar um simpático “Sessão da Tarde” dos novos tempos, fazendo do Homem – Formiga um personagem digno de integrar o já famoso Universo Cinematográfico Marvel…
Em Homem-Formiga o Dr. Hank Pym (Michael Douglas), inventor da fórmula/ traje que permite o encolhimento e aumento de força, anos depois da descoberta, precisa impedir que seu ex-pupilo Darren Cross (Corey Stoll), consiga replicar o feito e vender a tecnologia para uma organização do mal. Depois de sair da cadeia, o trambiqueiro Scott Lang (Paul Rudd) está disposto a reconquistar o respeito da ex-mulher, Maggie (Judy Greer) e, principalmente, da filha. Com dificuldades de arrumar um emprego honesto, ele aceita praticar um último golpe. O que ele não sabia era que tudo não passava de um plano do Dr. Pym que, depois de anos observando o hábil ladrão, o escolheu para vestir o traje do Homem-Formiga.
Sobre o início do texto, é importante explicar que, muitas pessoas tem um conceito “torto” de adaptação. Adaptar não significa levar para as telas tudo que você conheceu nos quadrinhos, livros, games e etc, adaptar é usar aquela história como base, mas torná-la agradável e de fácil entendimento para quem nunca chegou perto do material original. Ou seja, aquele papinho “Não gostou do filme, porque não leu o livro”, é a maior prova de que o filme está mal adaptado, e desse mal a Marvel não sofre. Talvez por isso o estúdio, tenha rompido com o diretor original, Edgar Wright, sob o pretexto da famosa “visão diferente”. A verdade é que Edgar queria levar o filme a sério demais, enquanto a Marvel buscava um filme mais ameno, divertido, família. O estúdio estava certo afinal, eles sabem o que o público quer e simplesmente entregam. Homem – Formiga tem um roteiro agradavelmente simples, sem grandes lições de moral (vale lembrar que Scott Lang é um ladrão), e com a cara da Marvel.

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Temos uma ótima introdução ao conflito da história, com uma versão jovem de Michael Douglas (inacreditavelmente realista), para logo em seguida sermos apresentados a Scott, um ladrão ao estilo Robin Hood que está arrependido e faz de tudo para sair do mundo crime. Daí pra frente, vemos um Hank Pym atuando como mentor, sábio e esperançoso para fazer de Scott Lang o herói que ele precisa para salvar o mundo da más intenções da organização que quer comprar a “jaqueta amarela” (cópia do traje de encolhimento do Dr Pym). A narrativa caminha de forma natural e bastante infantilizada, até um pouco “bobinha”, com jargões e expressões marcadas como “você vai pagar caro por isso”, não há nenhuma grande reviravolta, é o clássico confronto bem contra o mal, onde você sabe sempre quem é o bem e quem é o mal. Em alguns momentos o longa flerta com o estilo assalto, de estratégias mirabolantes que acabam terminando sempre na galhofa. Galhofa essa que foi escolha mais acertada da Marvel neste filme. O clima é muito leve, as piadas são incessantes e bem contextualizadas, no melhor estilo, você não é a piada, quando não se importa com ela. Em o Homem- Formiga se tira sarro do nome do filme, do poder de encolhimento, do controle das formigas (sim ele pode controlar as formigas), dos outros heróis do universo Marvel, tudo na ponta da língua de um bom time de coadjuvantes comandado pelo ótimo Michael Peña na pele do Luis, Paul Rudd também consegue se mostrar mais carismático do imaginávamos no papel de herói, enquanto Michael Douglas em seu primeiro filme não adulto (como ele disse), ainda merece respeito. O vilão Darren Cross vivido pelo bom ator Corey Stoll tem reações um pouco forçadas, típicas de alguns clichês de filmes infantis. Entre os personagens principais a mais apagada é Evangeline Lilly, como Hope, a filha de Hank (provavelmente futura Vespa) que não parece estar nada a vontade no filme.
As cenas de ação são bem divertidas, mais voltadas para a aventura e sempre com um pé na comédia. O diretor Peyton Reed consegue brincar bastante com o poder mudar de tamanho e gera algumas ótimas gags visuais como a primeira experiência de Scott Lang no traje e a luta contra um dos Vingadores (O Falcão). Até mesmo a interação com as formigas que a principio pareceria ridícula, é surpreendemente inteligente em termos de visual.
As poucas ligações ao universo Marvel acabam se mostrando importantes para os próximos filmes do estúdio, inclusive, com a primeira menção a ele…o Homem- Aranha… é uma menção muito rápida é verdade, se você se distrair um pouco vai perder. Também existem duas cenas extras, uma no meio dos créditos e outra após o final dos créditos, ambas com ligação quase direta ao próxima filme da Marvel, Capitão América: Guerra Civil.
Enfim, o Homem-Formiga é um filme que brinca com suas próprias fraquezas e acerta em cheio os seus maiores alvos, crianças e famílias em geral, pinçando o que há de melhor de alguns grandes clássicos de comédia e aventura da Sessão da Tarde, como: Te Pego lá Fora, Um Herói de Brinquedo, Querida Encolhi as Crianças, Karatê Kid,  Ou seja, se você não levava o Homem- Formiga a sério… continue não levando e divirta-se… Nossa Chuck Nota logo abaixo…

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É isso ai …Has Tela Vista…O Cinema em Ação !!!