Em questão de dias a nova adaptação do Quarteto Fantástico já gerou muito falatório na internet. Existem os que odeiam e os que gostam com ressalvas, mas eu não encontrei um que defenda esse filme com unhas e dentes. Natural, pois o primeiro grande erro do Quarteto Fantástico é estar com o pensamento no gênero e época erradas…
No filme quatro jovens excluídos se teleportam para um universo alternativo e perigoso que altera as suas formas físicas de maneiras surpreendentes. Com suas vidas abaladas, eles precisam aprender a aproveitar as suas novas habilidades e trabalhar juntos para salvar a Terra de um antigo amigo transformado em inimigo.
Quarteto Fantástico definitivamente não é um filme de super-heróis, o longa de Josh Trank parece querem ir na contramão de tudo que tem dado certo em termos de adaptação de quadrinhos. A narrativa está mais interessado em desenvolver a ficção cientifica (até com algumas pitadas de horror). Apesar de alguns bons momentos no início, até completar seu primeiro ato o filme não entrega o que se espera de uma produção como essa. Fica muito claro que a intenção do diretor jamais foi a de formar o grupo no primeiro filme, ele desenvolve as características de cada um, constrói laços mais familiares e  mergulha na ficção cientifica. O problema é que corre o boato de que a Fox não gostou do primeiro corte do filme, e mandou refazer boa parte dele, e se sente a diferença, principalmente no terceiro ato do Quarteto Fantástico, onde tudo parece muito apressado para acomodar as cenas de ação superheroicas que se espera, Há essencialmente uma grande batalha no filme, pouco ousada do ponto de vista criativo. Aliás lotada de clichês como a trilha sonora infantilmente apoteótica no final. O vilão  Dr Destino é interessante, mas confuso. Não se entende suas motivações.


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Neste momento em que os poderes dos heróis começam a ser mais explorados, também ficam evidentes as deficiências técnicas. Os efeitos especiais parecem ter sido mal finalizados e bastante artificiais, os que mais sofrem com isso são o Tocha e Dr Reed, pois os o uso de seu poderes sempre deixa uma impressão de algo falso demais, um 3D pobre como há tempos já não se via. Exceto pelo efeitos utilizados no Coisa, que estão ótimos, o personagem, montoado de pedras, é bastante crível e criativo.
O elenco competente, tem  Miles Teller como Reed Richards é um achado, o ator tem personalidade e conduz bem a relação criada entre o grupo. Kate Mara (Mulher Invisivel),  Jamie Bel (Coisa) e Toby Kebbell estão todos excelentes, entrosamento que garantíra sua paciência. Já o Tocha Humana de Michael B Jordan, não funciona, apesar de ser um ator de alto nível, as viajadas do roteiro fazem o personagem se perder e, falta do time de comédia para o ator que prejudica os único gracejo que o filme poderia ter.
Enfim, Quarteto Fantástico falha terrivelmente na hora de entregar o produto final, de vender aquela sensação de satisfação ao sair do cinema. O filme tem algumas boas ideias bem executadas como as imagens do desespero do Quarteto ao ganhar os poderes e o surgimento do Dr Destino (com um visual bem estranho). Verdade seja dita, podem reclamar, dizer que existe uma onda de “puxassaquismo” da Marvel… mas esse mesmo Quarteto nas mãos da Marvel seria um hit de bilheteria. Josh Trank e a Fox brigaram durante as filmagens e acabaram entregando dois filmes diferentes dentro de um, porém,  nem a ficção do Josh, nem o filme de heróis da Fox funcionam e como um dos poucos admiradores do primeiro filme (de 2005), posso agora falar tranquilamente, o Quarteto Fantástico de 2005 é mais divertido, mais bem produzido e mais filme que essa nova versão… Veja nossa Chuck Nota logo abaixo…

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