Will Smith stars in Columbia Pictures' "Concussion."

Essa quinta – feira estréia Um Homem Entre Gigantes, novo filme do astro Will Smith, que andava meio de férias, mas esse ano já ressurge com dois filmes (fim do ano ainda tem Esquadrão Suicida). A verdade é que Um Homem entre Gigantes é surpreendente e foi um filme subvalorizado pelo Oscar desse ano. Will Smith poderia ter concorrido como melhor ator tranquilamente no lugar de um certo “astronauta” ou do “criador da Apple”, mas já falamos bastante disso…Vamos aos 5 motivos para ver o filme Um Homem Entre Gigantes

1 – História real (e boa)

O filme conta a história de Bennet Omalu, um médico legista nigeriano que tenta fazer sua vida nos Estados Unidos. O metódico doutor não se conforma com a causa da morte de uma famoso jogador de futebol americano e resolve, por conta própria, investigar mais a fundo. É então que descobre que os traumas causados pelas batidas na cabeça no futebol americano causam uma rara e destrutiva doença nos jogadores. Obviamente a NFL, famosa empresa que controla o esporte começa uma guerra para tornar o Omalu uma piada nacional. Uma baita história real, muito bem executada pela equipe do competente diretor Peter Landesman.

2 – Atuação de Will Smith

Nós bem sabemos que Will é um dos atores mais versáteis e carismáticos de Hollywood, portanto, mesmo quando foge da comédia ou da ação que são seu forte ele ainda consegue surfar bem. Em dramas como Ali, A Procura da Felicidade e Sete Vidas, Will mostra seu lado mais Oscar, o mesmo estilo que vemos em Um Homem Entre Gigantes. Smith tem algumas poucas cenas de explosão, mas durante o filme é muito agradável ver sua construção de personagem, arriscando um sotaque leve dos africanos e sempre com uma postura mais retraída, típica do cientista tímido e metódico (e nesse caso ingênuo). O elenco coadjuvante também é ótimo, com destaque para o irreconhecível David Morse (À Espera de Um Milagre), outro que poderia ter pintando na categoria de coadjuvante (mas nessa realmente todos mereciam estar lá,não haveria espaço).

3 – Humor leve e bem encaixado:

Inicialmente é difícil pensar que um filme como esse acomode humor, mas com um trabalho refinado de roteiro existem algumas boas sequências para tirar risos. Piadas rápidas e fáceis de entender, basicamente em cima das diferenças de cultura e personalidade de Omalu com o povo americano.

4 – Um show de câmeras

Um ballet de câmeras e edição fazem você se sentir muito a vontade com o longa. As escolhas na hora de filmar são criativas, a câmera não fica parada, está sempre acompanhando as cenas de perto, principalmente do personagem de Will. Os diálogos são mostrados por um ângulo só, sem cortes o tempo todo o que favorece a posição de espectador da conversa… como um observador mesmo.

5 –  Lição de Ética

Como toda a boa história real, há uma lição, nesse caso uma lição ética. Durante o filme a maior discussão está em como os médicos defendendo seus próprios interesses dentro da NFL, e a própria empresa negligenciando a situação dos jogadores e tentando justificar de todas as formas seu problemas com males comuns, mesmo após Bennet apresentar provas de sua tese. Uma história que escancara a forma como as grandes empresas de esporte tratam os atletas e por consequência aqueles que se inspiram neles.

Ahhh mas e a Chuck Nota??? Calma, não é nossa crítica tradicional, mas a Chuck Nota não pode faltar… Logo abaixo.

4 Norris