a-era-do-gelo-big-bangEstréia 07/07/2016

A Era do Gelo com certeza teve uma longevidade maior do que seu criador Carlos Saldanha imaginou lá em 2002,  a questão é que assim que se tornou uma franquia A Era do Gelo rendeu filmes muito diferentes. O primeiro era sensível, pequeno, com poucos personagens e uma história tocante de amor fraternal dos animais para com o “fofucho” bebê humano. Depois disso o que se viu foram grandes aventuras em tempos pré históricos, bem distante do original, mas um caminho válido pelo que as bilheterias mostraram.

Em A Era do Gelo: O Big Bang a épica perseguição de Scrat pela noz o impulsionou ao universo, onde ele acidentalmente desencadeia uma série de eventos cósmicos que transformam e ameaçam a Era do Gelo. Para salvarem-se, Sid, Manny, Diego e o resto do grupo devem deixar sua casa e embarcar em uma missão, viajando por novas terras exóticas e encontrando uma série de novos personagens ainda mais alucinados.

A cena de introdução traz uma comédia pastelão que lembra os melhores desenhos animados dos anos 50, tipo Pernalonga, Pica – Pau e etc, com objetos “esmagando ” o personagem da forma mais inocente possível, trapalhadas que desencadeiam outras trapalhadas e por aí vai. Ótima cena do hilário esquilo Scrat, que afinal é a razão de todos os filmes acontecerem e sempre que está em cena atrás de sua famosa noz não decepciona, arranca risadas, nos faz lembrar nossas infâncias e oferece boas lembranças para as crianças de hoje.

A animação tem características muito próprias, não presa pelo realismo, os personagens estão mais próximos do cartoon mesmo, são expressivos mas sempre com um ar lúdico. Aqui cabe também um elogio ao bom trabalho da dublagem brasileira com o Diogo Vilela, Márcio Garcia e principalmente Tadeu Mello que emprestam personalidade as figuras.

Algo que incomoda em A Era do Gelo: O Big Bang é o excesso de personagens, o trio de protagonistas está com o tempo mais apertado a cada filme que passa. A franquia foi agregando coadjuvantes ao longo do caminho (esse já é o quinto filme), e os roteiristas parecem se sentir obrigados a utilizar todos eles, quem mais sofre com isso é o tigre Diego que quase não tem espaço nesse quinto filme.

Independentemente dos personagens, a franquia assumiu de vez o seu lado família, enquanto entrega uma diversão cheia de cores e trapalhadas para os pequenos, também entretém os adultos com temas muito familiares como  a fase “não quero que minha filha case” do mamute Manny. O paralelo com a vida humana é engraçadíssimo, cheio de implicância e falta de paciência do sogro com o genro, além de abordar também a vontade insaciável de sair de casa dos jovens. Tudo muito bem ambientando nos tempos pré – históricos e adaptado a forma como uma criança (criativa) imaginaria a história.

Enfim, o filme ainda consegue trabalhar com muito humor os misteriosos acontecimentos da tal Era, algo que o Flinstones já faziam muito bem em sua época, mas nesse filme sem a necessidade daquelas bugigangas humanas. Bastante divertido e despreocupado A Era do Gelo: O Big Bang é uma ótima opção para crianças pequenas e seu acompanhantes, é aquele filme que te deixa leve… Confira nossa Chuck Nota…

3 Norris