Robin Hood - A Origem

Chegou “Robin Hood – A Origem” aos cinemas a nova adaptação da clássica história do príncipe dos ladrões, que teria vivido no século XII e até hoje é cercado de lendas e… versões rs

Pois bem, dito isso, apesar do título dessa postagem, essa série “5 motivos”, não é pra dizer que o filme é “perfeito”. E definitivamente, esse novo Robin Hood não é, nem de longe. Mas, eu também não estou aqui para reproduzir a opinião dos sites gringos, então entrei de coração aberto (ao contrário de alguns colegas) e sim, me diverti, honestamente (me julguem rs). E posso lhes mostrar o porquê.

1 – Fizeram um Robin Hood de Ação!

A versão mais recente de Hood, a do Russel Crowe em 2010, é no mínimo entediante (pra pegar leve). Nada acontece, nem mesmo a transformação efetiva dele em Robin Hood. Já nesse novo filme, desde o início, o diretor Otto Bathurst aposta na ação. Uma das primeiras cenas, é uma excelente cena de guerra durante as cruzadas que nos leva a um cenário quase de vídeo game. E o filme flui bem nessas  sequências de batalhas, combinadas com o famoso arco e flecha do herói. A lógica física da ação é bem entendida. Mas as cenas sempre funcionam melhor com efeitos práticos, do que nas tentativas de C.G.I .

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2 – Inspirações no Cavaleiro das Trevas

“Robin Hood – A Origem”, mostra referências muito claras ao clássico do Nolan. E ter boas referências é sempre importante. O treinamento ao lado de John (Jamie Foxx) é bem desenvolvido, e diferente de tudo que já se viu em relação ao personagem, sem descartar as habilidades que Robin adquiriu na guerra. Outro aspecto do Batman, é que Robin faz um jogo duplo, se a noite ele rouba, durante o dia ele é Robin Loxley, um nobre, filantropo amado pelos poderosos (qualquer semelhança com Bruce Wayne, não é mera coincidência).

Robin Hood - A Origem
Jamie Foxx e Taron Egerton durante o treinamento de Robin Hood

3 – Taron convence como herói de ação

Ele já mandava bem no Kingsman (apesar do segundo filme, existir), mas Taron vem diversificando seu leque. Da espionagem até o drama (Kingsman, Voando Alto, o futuro filme do Elton John). Taron Egerton tem disposição e aquele olhar de quem quer entrar na briga, de quem quer se jogar do prédio (ainda que o dublê o faça). Um típico herói da Sessão da Tarde, que tiraria muito adjetivos do narrador. As habilidades do personagem são construídas de forma muito orgânica e se tornam uma atração a parte, na construção desse que eles pretendem que seja um novo herói.

4 – Contrastes políticos

Apesar de não cair de cabeça nisso, uma opção aceitável para a proposta do filme. Robin Hood – A Origem trafega pelas desigualdades sociais da pequena Nottingham, dividindo-a literalmente, mas mesmo assim desenhando com clareza a questão da exploração popular através dos impostos e leis “anti pobres”. Também segura uma crítica velada a igreja.

5 – “Robin Hood – A Origem” não se Leva a sério e Você Gosta Disso

“Robin Hood – A Origem”, é basicamente mais uma filme de super herói… Sim, é isso. Com capuz, roupa de couro, um “quê” de Arrow e nenhum medo de partir para ação. O filme não fica tentando encaixar tudo. Ele apresenta o herói, treina o herói e coloca ele em ação, exatamente como muitos cresceram nas Sessões da Tarde da vida ou batem palma hoje para filmes do gênero aos montes. Com simplicidade e alguma ironia, de quem não está se levando tão a sério.

OBS: O filme não tem cenas pós – créditos