Sucesso inesperado de 2018, “Megatubarão” trouxe uma versão moderna dos filmes de monstros, tão populares desde os anos 50. Numa mistura de Godzilla com Tubarão, o filme foi bem recebido pelo público por causa de sua vocação para o entretenimento.

A vantagem desta continuação de 2023 é que o filme é ainda mais honesto com a própria galhofa. Uma sátira que mistura espionagem com filmes de Kaiju.

No universo de “Megatubarão 2”, pesquisadores descobrem a existência dos últimos Megalodontes, espécie extinta de tubarão gigante. As criaturas sobreviveram ao impiedoso avanço do tempo ao se esconder em uma enorme trincheira no fundo do oceano.

O filme começa explorando a persona brucutu de Jason Statham (“Os Mercenários”), um dos últimos moicanos do gênero. Jason é uma máquina de ação (e clichês), seja no Jet Ski ou empalando um tubarão gigante, ele não perde a pose e sempre entrega o que se espera.

Além da ação, o longa com sua tendência a sátira também traz cenas hilárias, como no resort, “Ilha da Diversão”, uma brincadeira com programas como “De Férias com o Ex”, que revisita as melhores ideias do primeiro filme.

Um dos elementos mais interessantes do filme continua sendo os efeitos visuais, mesmo que não seja uma das mais caras de Hollywood, a franquia Megatubarão traz bons efeitos o suficiente para nos convencer do perigo das criaturas.

A direção de arte apresenta cores vibrantes e explora a plástica da ação com as famosas câmeras lentas, além de conseguir acrescentar um sentido de urgência. Talvez exista certa decepção para quem espera por uma violência mais gráfica, falta sangue para ser mais direto.

Em resumo, não acredito que quem vá assistir “Megatubarão 2”, esteja esperando da sequência mais do que boas risadas e divertidas cenas de ação com um tubarão gigante (que chega a ENGOLIR um tiranossauro), e quanto a isso, o espectador pode ficar tranquilo, está tudo lá.