São muitos os filmes nacionais que abordaram o uso de drogas, mas de fato abordar a rotina de uma clinica de  tratamento e a relação amorosa entre dois pacientes, é no mínimo novo. O adolescente João (João Pedro Zappa) tem uma série de problemas comportamentais: ele é ignorado pelos pais e se torna agressivo com os amigos de escola. Quando é diagnosticado com depressão, seus familiares decidem interná-lo em uma clínica psiquiátrica…

No local, ele conhece Judite (Deborah Secco), paciente HIV positivo e dependente química, em fase terminal. Apesar do ambiente hostil, os dois se apaixonam e iniciam um romance. Mas Judite tem medo que a sua morte abale a saúde de João.
O roteiro é definido por seguir uma linha única, isso é bom, traz personalidade ao filme. Os diálogos são dinâmicos, carregados de alguma tensão e resquícios de mágoas do passado. Boa Sorte, porém, não é feliz nas tentativas de tratar com mais seriedade assuntos como: drogas e Dst’s. A falta de fluidez prejudica esse lado mais “didático” do longa. A diretora Carolina Jabor, oscila e, deixa essa vagarosidade do filme incomodar o espectador em determinados momentos.
Há uma grande passagem da diretora, o plano sequência dos protagonistas passeando pelo hospital sob o efeito de todos os tipos de drogas, trata-se de uma cena bastante hipnótica e inventiva.

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No elenco, atores de gabarito evitam que a “peteca” caia mesmo em pequenas participações, com destaque para Felipe Camargo, Cássia Kis e, como não podia deixar de ser, Fernanda Montenegro, que rouba olhares a cada cena e se torna crucial para o desenvolvimento de Boa Sorte apenas por sua performance. Entre a dupla de protagonistas há uma disparidade. Ambos tem certa competência, João Pedro Zappa, consegue entender e devolver o que personagem representa, mas a “presença de palco” de Deborah Secco, longe de seu glamour habitual, chama a atenção e deixa o rapaz sem destaque. A atriz surge pálida, livre de vaidades, com roupas ousadas que já parecem desgastadas pelo tempo e vida agitada da personagem. Judite também leva vantagem por ser uma personagem bem resolvida no roteiro e ter diálogos mais interessantes
Enfim, o filme tem muitas pretensões e consegue atingir poucas delas, o trabalho de Carolina Jabor é digno de atenção, mas talvez, por enquanto, ainda não seja tão digno de elogios, o que talvez aconteça nos próximos longas de forma mais natural. Veja nossa Chuck Nota, logo abaixo…

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