O recluso Keanu Reeves aos poucos tenta reencontrar seu espaço no mundo do cinema (se é que precisa), com filmes mais próximos a sua personalidade e, principalmente, com filmes de ação, que foi o gênero que catapultou Keanu Reeves nos anos 90. Pode se dizer que Keanu Reeves entrega o que promete e nos apresenta um dos melhores filmes de ação do ano. Em De Volta ao Jogo, é um dia comum na vida de John Wick, que perdeu sua esposa recentemente e agora tem apenas…

 um cãozinho de estimação como
 companhia para tudo, inclusive passeios em seu veículo de colecionador. Porém, quando um grupo de bandidos rouba seu carro e mata seu cachorro, John decide partir para uma guerra pessoal. Os gângsters que mexeram com ele não sabiam que o pacato homem era, na verdade, um habilidoso assassino profissional aposentado, que não vai medir consequências para se vingar.
Dirigido por Chad Stahelski, responsável pelos dublês de Matrix, o filme começa com um ar de seriedade e até melancolia. Acompanhamos um John Wick entregue ao destino, tentado se reconstruir com o presente da esposa (o cão), mas a segunda mudança na vida de Wick num curto período de tempo, trata de trazer o velho estilo exército de um homem só de volta e, a partir dai, a ação carregada por Keanu Reeves nos leva a um escapismo e diversão que não víamos há tempos.

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O roteiro é simples e lógico, baseado na ação e reação. Não há motivações do passado, reviravoltas mirabolantes que tentem colocar uma roupagem mais intelectual ao filme. Ao contrário do que parece, a matança que vem a seguir  não é motivada pela morte do cachorro especificamente, mas sim, pelo que ele passou a representar na vida do ex – assassino.
Receber o cão como presente da esposa em leito de morte, fez com que John Wick, depositasse seu carinho no bichinho de estimação como única lembrança da companheira. Assim, quando os bandidos matam o cão e roubam seu carro de forma desrespeitosa, para John é como se tivessem atentado contra sua esposa falecida e, então, quase como um reflexo, o personagem ganha um novo motivo para viver e interpreta a mensagem como um chamado de guerra, uma chance de se vingar da vida pela a morte de sua amada companheira.
De Volta ao Jogo é um filme para maiores e faz questão de aproveitar todos os recursos que a falta de censura proporciona, principalmente no que diz respeito a violência. Chad Stahelski mostra que é mais do um diretor de dublês, e nos apresenta uma visão inovadora, utilizando na mesma intensidade as lutas corpo a corpo e disputas armadas. A grande novidade, porém, está justamente na junção de ambas, é frequente encontrar cenas no filme onde a combinação luta e arma aparecem. Em geral, John Wick, usa as armas de fogo estrategicamente para encerrar suas lutas, apesar de ser chamado de bicho papão durante o longa, outra vantagem ele sofre fisicamente como qualquer ser humano normal, ele cansa, ele se machuca, ele só é um oponente mais habilidoso e perseverante que os outros.
As coreografias são de uma competência elogiável, Chad Stahelski, não abandona a arte marcial tradicional, que sempre cai muito bem no cinema, mas introduz muitos golpes de Judô e Jiu Jitsu. A edição de som maximiza a experiência, sem apelar para mudanças bruscas de volume e a trilha sonora conversa bem com os momentos mais chamativos do longa.
Entre muitas cenas de loucura em John Wick, merecem destaque: a cena no bar e as passagens do assassino por um tipo de “hotel de assassinos”.
Keanu Reeves, sempre alvo de críticas parciais sobre sua atuação, está provavelmente no melhor de sua forma neste novo filme, o astro dispensou dublês na maioria das cenas (para desespero do estúdio), e tratou de “fechar a cara” como um típico herói de ação. O que as pessoas precisam entender é que para se fazer ação, nem sempre um Oscar é o caminho, para se fazer ação é preciso atitude de filme de ação, e Keanu Reeves tem esse carisma de sobra. Não se pode dizer o mesmo do restante do elenco, que tem Adrianne Palicki (G.I Joe 2) entregue aos clichês ruins, Alfie Allen (Game o Thrones), um vilão de trejeitos mimados e sem grandes motivações, além de Willem Dafoe (Homem Aranha), sempre digno de respeito, mas bastante acanhado neste filme (por causa do personagem).
Enfim, De Volta ao Jogo, não tem vergonha de ser um filme de ação, se assume desde o início como um filme ao melhor estilo anos 80/90, não fica gastando tempo com reviravoltas previsíveis ou explicações de personalidade de todos personagens que passam pela trama. São muitas homenagens aos clássicos action movies, entre elas, lutas em fábricas abandonadas, lutas na chuva, esconderijos, vilões que contam planos antes matar o “mocinho” e etc. Tudo que se espera de De Volta ao Jogo, é uma deliciosa vingança de visual impactante, comandada por um insano e carrancudo “Vingador Urbano” e, é exatamente o que encontramos. Veja nossa Chuck Nota logo abaixo.

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