Abrindo a temporada de blockbusters de 2015 (e prometem ser muitos), a franquia Busca Implacável, que começou lá em 2008 sem ambições de um dia ser chamada de “blockbuster” e hoje, com bilheterias incontestáveis, já é capaz de oferecer um salário de U$20 milhões a Liam Neeson, seu protagonista. Busca Implacável 3 tenta manter a identidade criada nos dois filmes anteriores, mas já dá sinais de ter perdido o fôlego…

No filme, o ex-agente do governo norte-americano Bryan Mills (Liam Neeson) tenta tornar-se um homem família, mas vê tudo ruir quando Lenore (Famke Janssen) é assassinada em seu apartamento. Acusado de ter cometido o crime, ele entra na mira da polícia de Los Angeles. Desolado e caçado, Mills tenta encontrar os verdadeiros culpados e proteger a única coisa que lhe resta: a filha Kim (Maggie Grace).
Como era de se esperar, o terceiro filme deixou os sequestros de lado e partiu para explorar as habilidades do protagonista sob outro tipo de pressão.
O midas da França, Luc Besson (O Profissional, Carga Explosiva), volta a escrever o roteiro e produzir o filme, que conta com a direção de Olivier Megaton. A direção de Oliver Megaton não é muito inventiva e fica bem abaixo de Pierre Morel (diretor do primeiro Busca Implacável), quando o assunto são as filmagens de lutas corpo a corpo. Tanto em Busca Implacável 2, quanto no 3, há uma dificuldade de absorver os movimentos de Liam Neeson na hora das lutas, e isso não se deve a “super velocidade” do astro, mas sim, a uma fotografia que não garante ângulos de fácil compreensão e uma edição falha, assim como, a edição de som que também já não impressiona como no primeiro filme, Merecem menções honrosas as ótimas cenas de perseguição do filme, na medida certa de adrenalina e imersão que esperamos da saga Busca Implacável.
O longa começa de uma maneira já conhecida, com Bryan Mills tentando se manter próximo da filha Kim, que agora já vive uma vida “adulta” ao lado do namorado. Percebemos logo que Busca Implacável 3, em seu D.N.A, tem o mesmo argumento …”proteger minha filha”. A partir da morte da ex- esposa de Bryan Mills, o roteiro flerta com filmes de investigação e perseguição, lembrando muito O Fugitivo, com Harrison Ford, mas sem a mesma competência.

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É interessante ter a sensação de que o personagem de Liam Neeson sempre está um passo a frente, mesmo que tais ações já não causem nenhuma surpresa. O astro, por sinal, retorna bem a pele do ex- agente da CIA, e demonstra o carisma e vitalidade que o tornou o nome de ação mais bem pago da atualidade. Em seu contra-ponto, temos o sempre dedicado Forest Whitaker (O Último Rei da Escócia), como o detetive Franck Dotzler o ator se mostra um coadjuvante interessante para os planos mirabolantes do personagem de Neeson. Já Maggie Grace como Kim, parece mais no piloto automático, enquanto Dougray Scott, como Stuart, não consegue fazer a virada necessária para o personagem e, acaba prejudicando a trama, Havia com certeza uma intenção de surpreender o espectador com um revés final (como um bom de filme de investigação), mas o desenrolar da narrativa e a atuação mediana de Dougray Scott acabam trazendo o filme para o lugar comum muito rápido e se subentende o futuro da  trama sem grandes esforços.
Enfim, o público de Busca Implacável 3 sabe o que quer encontrar. Eles esperam por um filme dinâmico, com uma sensação de tempo se esgotando, ação repleta de efeitos práticos e aquelas cenas inacreditáveis, típicas dos filmes “exército de um homem só”. Busca Implacável 3 tem tudo isso, mas fica claro que o fôlego da franquia acabou, nenhuma das sequências se aproximou da qualidade do filme original e a tentativa de fazer um longa investigativo não funcionou, é hora de deixar Bryan Mills viver a vida tranquila que ele procura desde o primeiro Busca Implacável… Veja a “Chuck Nota” logo abaixo…

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