Não sabe que filme é esse? Só acrescentaram um subtítulo, mas ainda é aquele filme com Arnold Schwarzenegger que postamos por aqui ano passado, um drama com zumbis e a primeira vez que Schwarzenegger trabalharia num projeto nesse estilo. Pois bem, o filme acabou sendo lançado num circuito pequeno aqui no Brasil e poucas pessoas puderam ver nos cinemas, então vamos mergulhar por aqui nessa nova empreitada do Governator…
 O mundo vive um epidemia Zumbi, onde as pessoas infectadas são tratadas como doentes. Em meio a isso acompanhamos a história da adolescente Maggie (Abigail Breslin), que foi infectada e agora terá de conviver com o avanço da “doença” durante os próximos 6 meses até chegar ao estágio final. Seu pai (Arnold Schwarzenegger), resolve não mandar a menina para a quarentena e sim, ficar ao seu lado até o fim.
Lembro bem de como noticiamos a primeira notícia desse filme aqui, lá em 2013, falando que Arnold Schwarzenegger faria um filme com Zumbis. Todos, inclusive eu, pensamos que veríamos o Arnold com uma bela metralhadora caçando zumbis, com o tempo descobrimos que seria algo bem diferente. O grande ponto de Maggie – A Transformação é que o filme tenta abordar a questão do Zumbi  numa vertente até então não explorada no cinema, o fator humano. Como eram essas pessoas antes de se tornarem zumbis, o que isso causou em suas vidas e, principalmente como é difícil para elas resistir a essa condição. O filme trata o vírus zumbi basicamente como uma doença terminal que pode colocar outras pessoas em risco. O roteiro faz uma metáfora inteligente sobre preconceito e sobre o abandono a pessoas com doenças graves, ilustrado pelo personagem de Arnold Schwarzenegger que representa esperança, o amor incondicional de um pai que acredita na recuperação da filha até o último momento, crença que também cega o personagem, já que não existe cura para o tal vírus.
A narrativa tem um ritmo lento e cheio de simbolismos (como a “raposa da morte”), os fãs de Arnold devem estranhar, mas é a proposta do longa. O clima é tristonho, com uma paleta de cores sempre acinzentada que joga lado a lado com trilha sonora. Essa trilha é usada de forma exagerada, é verdade, repetida inúmeras vezes quando em alguns momentos o silêncio ou pequenos sons ambientes teriam funcionado melhor. A tensão do longa está mais na sugestão do que pode acontecer, do que no que realmente acontece.

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Nesse sentido a direção é competente em nos deixar tentando entender qual o objetivo final da história. Outro fator importante é que Maggie – A Transformação  não para para explicar nada, não subestima o espectador. O filme é curto e você subentende as coisas para que ele continue caminhando.
Com uma pegada bem alternativa (o longa custou apenas 10 milhões), Maggie é intimista, usa poucos cenários e, se aproveita de um bom trabalho de fotografia que explora tanto planos abertos com paisagens desérticas, quanto alguns ângulos mais fechados como se fossem uma interessante visão rasteira das cenas.
Mas vamos ao que interessa, você quer saber como estava Arnold Schwarzenegger em um papel dramático pela primeira vez, não é ? Bom, digamos que o Arnold ainda está longe de ser um Al Pacino atuando, mas suas marcas de expressões causadas pela idade foram bem exploradas pelo ator que não tem tantas falas, aliás nenhum personagem tem muitas falas. A atuação do Scwarza condiz com o que o filme precisa, olhares, sentimentos, expectativa. Vemos o Arnold até chorar durante o longa, é uma atuação ok, que vale pela coragem do ator de sair da zona de conforto. Abigail Breslin, fica um pouco indecisa entre ser uma adolescente revoltada ou uma menina frágil com a doença, isso quebra um pouco a empatia que poderíamos ter com a jovem Maggie.
Enfim, Maggie – A Transformação  é uma aposta ousada que conta com a também ousada escolha de Arnold Schwarzenegger como um dos protagonistas, o que por si só, poderia tirar força filme. já que Arnold conta com um grande preconceito entre os críticos de cinema que costumam fazer o boca a boca deste tipo de  filme. Maggie tem defeitos bem pontuais e, é interessante ver o Arnold tentando algo diferente, mas é um filme em que o “gostar” pode ser muito relativo e depender do seu dia. Recomendo que você o veja quando estiver num momento realmente mais relaxado e querendo ver algo tranquilo, para assim aproveitar melhor a proposta lenta (mas coerente) do longa… Veja nossa Chuck Nota logo abaixo…

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