Maligno Filme

Maligno Filme

Maligno chega com algumas boas ideias que com mais capricho, podem gerar até uma franquia

Em “Maligno”, o estranho comportamento do filho de Sarah, Miles, indica que uma força maligna se apoderou dele. Temendo pela segurança de sua família, Sarah precisa lutar contra seu instinto maternal de proteger Miles para poder investigar o que está acontecendo.

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Em sua base, “Maligno” não é tão diferente de outros longas, como “O Anjo Malvado” (1993), e numa comparação bem seca, até mesmo com o famoso “Brinquedo Assassino” (1988).

No entanto, um dos pontos fortes do longa é sua imprevisibilidade, não há como negar que a produção tenta fugir do óbvio. Existem muitas cenas com sugestão do que vai acontecer que não se concretizam e vão aumentando o nível de tenção, enquanto outras situações inesperadas tomam contornos desesperadores.

A construção da tensão funciona bem. O início do filme é intencionalmente “morno”, e segue numa escala, tijolo por tijolo, até percebermos o real drama da família.

O filme tem dois ou três pontos de virada, que são bem disfarçados pela edição. Bem como  está sempre tentando nos confundir no que diz respeito a quais momentos realmente contam com o garoto ou o espírito maligno.

A ótima atuação do garoto Jackson Robert Scott, ajuda muito no desenvolvimento de Maligno. Simples e assustador, a naturalidade com que o garoto cria sentimentos dúbios no filme é de arrepiar. Vale também destacar Taylor Schilling, a mãe que chega a níveis extremos, e também contribui para a trama andar, principalmente em seu fechamento.

O roteiro do longa escorrega, porém, nas motivações do espirito que possui o garoto. Todos os atos do menino chamam atenção para algo estranho, e geram uma inquietação na família. Em resumo, aparentemente, o objetivo do espirito poderia ser cumprido de forma mais discreta e até mais segura para ele mesmo.

“Maligno” também não nos deixa acreditar por muito tempo no garoto “super dotado”, o que poderia aumentar o poder das surpresas que acontecem a partir do meio do filme. Algumas soluções bastante improváveis, no terceiro ato, também enfraquecem um pouco as boas ideias iniciais.

Maligno filme
Mãe e filho em uma daquelas cenas em que você não tem ideia do que vai acontecer.

Enfim, “Maligno”, tem méritos em tentar se arriscar um pouco mais que os descartáveis filmes de terror da atualidade. O longa brinca com a imaginação do espectador para dar o efeito “cena pós – créditos” ainda dentro do próprio filme e deixar uma possibilidade bastante real de uma continuação ou franquia. Resta saber se o público vai comprar a ideia… Confira o trailer e nossa “Chuck Nota” logo abaixo.